Junho, mês de festa junina, simpatias e comilanças!



Oie...Estamos preparando a festa junina (no caso, julina) do If Saúde (onde eu trabalho)...E achei legal fazer um post sobre roupas femininas e masculinas, maquiagens, acessórios e sobre a festa em si! Então...esporo que gostem.....

As festas juninas, ou festas dos santos populares, são celebrações católicas que acontecem em vários países e que são relacionadas com a festa pagã do solstício de verão (no hemisfério note) e de inverno (no hemisfério sul), que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano). Tal festa foi cristianizada na Idade Média, se tornando a FESTA DE SÃO JOÃO. Outros dois santos católicos populares celebrados nesta mesma época são São Pedro e São Paulo (no dia 29) e Santo Antonio (no dia 13 - o santo casamenteiro).

                                  O nome dado a festa pode ter doi siginificados:
       1) Pode vir de "São João", nome de um dos santos homenageados, através do termo "joanina",
       2) Pode vir de "junho", mês em que as festas são celebradas.
                                                                                      As festas juninas são multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugla: Festa de Sto Antonio, Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente.                                                                                                                                                                                                                                                                                  
                                                                                         A música e os instrumentos usados (cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc.) estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão.

As roupas caipiras ou saloias são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir caipira tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decoração com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal, junto com as novidades que, na época dos descobrimentos, os portugueses trouxeram da Ásia, como enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora, por exemplo. A dança de fitas típicas das festas juninas do Brasil é provavelmente, originárias da Península Ibérica.
A festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.



A festa de São João brasileira é típica da região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João Batista, e também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheira do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica, a pamanho, o curau, o milho cozido, a pipoca e o bolo de milho. Também pratos típicos das festas são o arroz-doce, a broa de milho, a cocada, o bom-bocado, o quentão, o vinho quente, o pé-de-moleque, a batata-doce, o bolo de amendoim, o bolo de pinhão, etc.

                           




O local onde ocorre a maioria dos festejos junino é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já contruídas e adaptadas para a festa. Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraias, acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Outra região conhecida pelas festividades do mês de junho é o interior de São Paulo, onde ainda se mantém a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras. A culinária local apresenta pratos característicos da época, como a paçoca, o pé-de-moleque, o bolinho caipira, pastéis, canjica e outros. As quermesses atraem também músicos sertanejos e brincadeiras para os mais novos.


A Quadrilha brasileira tem oseu nome originário de uma dança de salão francesa para quatro pares, a quadrille, em voga na França entre o início do séculoXIX e a Primeira Gerra Mundial. A quadrille veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris. Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras preexistentes e teve subsequentes evoluções. Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daío vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no nordeste. A partir de então, a quadrilha recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
A quadrilha, como outras danças brasileiras, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira.
Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:
* Quadrilha Caipira - em São Paulo
* Saruê - Brasil Central
* Baile Sifilítico - Bahia
* Mana-Chica - Rio de Janeiro
* Quadrilha - Sergipe
* Quadrilha Matuta


Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é ele quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, executam diversas evoluções em pares de números variável. Em geral, o par que abre o grupo são os "noivos", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais, e por ser o mês de Santo Antonio, o santo casamenteiro, aqui no Brasil. Esse aspecto matrimonial e a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João na Europa.

Falando em casamento fictício, Santo Antonio e São João; lembrei-me que algumas pessoas gostam de fazer simpatias nesta época, principalmente para melhor a sorte, o amor e etc.                                                                                                                                     Confessei-me a Santo Antônio,                                                    confessei que estava amando.                                                          Ele deu-me por penitência                                                           que fosse continuando.                                                                                                                                                         Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usado pela primeira vez, senão, nada de a simpatia funcionar!!                                                                                                                                                                         Simpatia para Santo Antônio:
* Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. 
* Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido.
* Rezar um pai-nosso e uma salve-rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.


Depois de todo esse papo histórico de como surgiu a festa junina, as danças, as comidas e até as simpatias, acho que está na hora de falarmos um pouco sobre as vestimentas (uma parte que eu adoro)!!!
Bom, no fim do século XIX as damas que dançavam a quadrilha usavam vestidos até os pés, sem muita roda, no estilo blusão, com gola alta, cintura marcada, mangas e botinas de salto abotoadas do lado. Os cavalheiros vestiam paletó até o joelho, com três botões, colete, calças estreitas, camisa de colarinho duro, gravata de laço e botinas.
Hoje em dia, na tradição rural brasileira, o vestuário típico das festas juninas não difere do de outras festas: homens e mulheres usam suas melhores roupas. Nos centros urbanos, há uma interpretação do vestuário caipira ou sertanejo baseada no hábito de confeccionar roupas femininas com tecido de chita florido e as masculinas com tecidos de algodão listrado e escuros. Assim, as roupas usadas para dançar a quadrilha variam conforme as características culturais de cada região do país.
Os trajes mais comuns são:
Homens  -  camisa de estampa xadrez, com imitação de remendos na calça e na camisa, chapéu de palha, talvez um lenço no pescoço e uma flor (girassol normalmente) no bolso e botas de cano.
Mulheres  -  geralmente usam vestidos com estampas florais, de cores fortes, com babados e rendas, mangas bufantes e laçarotes no cabelo ou chapéu de palha.




A maquiagem na festa junina é essencial.  As participantes da festa fazem uma maquiagem bastante colorida, com os olhos marcados e sombras vibrantes e um pouco de brilho. O blush é bem acentuado para deixar um ar alegre e ainda fazem bolinhas nas bochechas. O batom é geralmente vermelho ou de tom forte e intenso marcando bem os lábios.
O cabelo fica por conta da pessoa, pode ser trança (que tem de vários tipos), pode ser preso com lacinhos, pode ser solto e usar o chapeu...Enfim...usem a criatividade!

                                                                            
  



Já os homens deixam a barba, e no caso de crianças fazem barba com lapis de olho, e até pintam um dos dentes, e juntam a sobrancelha!





Bom, e para terminar vou colocar algumas músicas dessas festas! Espero que gostem! Beijos

PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
(Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago)

Antônio ia se casar, com a filha de João,
mas Pedro jugiu com a noiva, na hora de ir pro altar.
A fogueira está queimando, o balão está subindo,
Antônio estava chorando e Pedro estava fugindo.
E no fim dessa história, ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio, que caiu na bebedeira.


ISTO É LÁ COM SANTO ANTÔNIO
(Lamartine Babo)

Eu pedi numa oração ao querido São João que me desse um matrimônio.
São João disse que não, São João disse que não, isto é lá com Santo Antônio.
Implorei a São João desse ao menos um cartão que eu levasse a Santo Antônio.
São João ficou zangado. São João só dá cartão com direito a batizado.
São João não me atendendo a São Pedro fui correndo.
No portão do paraíso disse o velho num sorriso: 
"Minha gente eu sou chaveiro, nunca fui casamenteiro".

SONHO DE PAPEL
(Carlos Braga e Alberto Ribeiro)

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João, acende a fogueira no meu coração.
Sonho de papel a girar na escuridão
soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João. 
Meu balão azul foi subrindo devagar 
O vento que soprou meu sonho carregou nem vai mais voltar!


CAPELINHA DE MELÃO
(João de Barros e Adalberto Ribeiro)

Capelinha de melão é de São João, é de cravo, é de rosa, é de manjericão.
São João está dormindo, não me ouve não. Acordai, acordai, acordai João.
Atirei rosas pelo caminho. A ventania veio e levou. 
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.



PULA A FOGUEIRA
(João B. Filho)

Pula a fogueira iaiá, pula a fogueira ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.
Nesta noite de festança todos caem na dança alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça em louvor a São João.
Nesta noite de folguedo todos brincam sem medo a soltar seu pestolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és dona do meu coração.







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